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"Paseio de moto pela Serra do Açor"

"A natureza é sempre bela, mesmo escondendo abismos"  (Juahrez Alves)

Chuva e vento dias seguidos e até semanas, criam algum stress a quem não é muito fã de ficar agarrado ao sofá, ou passar as manhãs no tépido vale dos lençóis.
Com o sol radioso previsto para hoje, não poderia ficar em casa de forma alguma.
Peguei na minha NC e fui em busca de estradinhas panorâmicas, paisagens com encanto, lugarejos meio perdidos, revigorar a alma e descarregar o stress com um pouco de adrenalina.
Escolhi a bonita e magnânima Serra do Açor para o meu passeio de mota de hoje e pelas 09h00 já estava a sair da garagem. Fiz a N18 até ao Fundão e pela N.238, fui até à Barroca do Zêzere, onde me encostei ao Rio Zêzere até Dornelas do Zêzere, desfrutando de bonitas paisagens.
Subi à Portela de Unhais e virei à esquerda em direção ao Casal da Lapa desfrutando da soberba panorâmica sobre a Barragem de Santa Luzia.
Desci ao paredão para ver a barragem num outro angulo e depois ao miradouro para uma paisagem mais vasta sobre aquela belíssima albufeira. Nesta altura e quase na sua cota máxima é de uma beleza impressionante.
De alma cheia, segui para o Fajão, uma aldeia de contos, que convive com as escarpas quartzíticas dos Penedos de Fajão e com o Rio Ceira.
Os últimos fogos que assolaram a região roubaram grande parte da beleza daqueles profundos vales e recortadas montanhas. Ainda assim, vale bem uma visita.
Arganil foi a minha próxima meta, rolando por bonitas estradinhas panorâmicas acompanhadas por cristalinos cursos de água, passando por Cartamil, Relvas, Teixeira, Torrozelas e Folques.
Não parei em Arganil e fui até Góis pela N.342, com passagem por Casal de São José, Bordeiro e Regateira.
Uma pequena paragem junto à Praia Fluvial da Peneda para relaxar um pouco e apreciar a paisagem envolvente ao Rio Ceira que cruza aquela vila com as suas águas límpidas.
Já na N.2, subi ao Alto do Alvém, já com a barriguinha a dar horas e a pensar no recatado e castiço restaurante no Esporão, uma pequena aldeola que ladeia a N2 e onde se come à antiga . . .bem e barato.
Já com a barriguinha cheia, voltei à N2 e segui para um trecho recheado de boas estradinhas panorâmicas, solitárias e de rara beleza que ladeia a Ribeira do Sinhel.
Passada a povoação de Cantoneiros, ainda na N.2, virei à direita e desci a Serra do Sinhel, ladeando a ribeira com o mesmo nome e cruzando as pequenas aldeolas de Casal Novo, Roda Fundeira, relva da Mó, Amiosinho e Álvares, uma bonita vila cruzada pela ribeira do Sinhel. Um local de beleza impar e paisagens únicas.
Saí da vila cruzando a lindíssima ponte filipina sobre a ribeira e subi de novo à N.2, para logo à frente virar á esquerda para a N.344, que me levou até Pampilhosa da Serra com passagem pela Portela do Fôjo.
Já estava satisfeito com o passeio de hoje. Revisitei belos locais onde já há muito tempo não passava e desfrutei da condução da minha NC por estradas curvilíneas e desafiantes.
Depois da Pampilhosa da Serra, segui sempre pelas N.112 até Castelo Branco, de alma cheia e mente limpa. São estes momentos que recarregam e fazem viver com mais intensidade, lembrando James Dean, com uma das suas célebres frases . . ."Sonhe como se fosse viver para sempre, viva como se fosse morrer amanhã.

Fiquem Bem.
Beijos, Abraços e Apertos de Mão
Inté.

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