Avançar para o conteúdo principal

Btt à moda antiga"

No passado domingo fui até à zona de Coimbra dar umas pedaladas campestres com rapaziada amiga, a convite do Nuno Seiça.
Saí de Castelo Branco pelas 06h00 e fui ter com o meu irmão Luís à Pastelaria Estrela Doce.
Tomámos o cafezinho e o pastelinho de nata e seguimos para a casa do Nuno Seiça, na  Zouparria do Campo, depois de passarmos Coimbra em direção à Figueira da Foz.
A chuva caia com alguma intensidade a partir de Pedrogão e já estava a ver a coisa preta. A chover daquela maneira iria ser complicado.
Mas ao passarmos Coimbra, o sol manifestou-se e proporcionou-nos um belo dia para as nossas ansiadas pedaladas.
O Nuno já aguardava a nossa chegada e depois dos cumprimentos da praxe, preparamos as bikes e fomos ao encontro do resto da malta.
Descemos a Castanheira e depois de passarmos S. João do Campo, encontramos o Sério, o Filipe, o André e o Marco que já vinham ao nosso encontro.
Mais uma sessão de olás, abraços, passabens e estás bom, dois dedos de conversa e uma ou outra laracha e apontámos o azimute aos trilhos.
E que trilhos! Começamos logo por um espetacular singletrack a ladear a ribeira de Ançã, que mais parecia a Floresta do Bornéu. lindíssimo e adrenalínico!
Chegámos à nascente da Ribeira da Ançã, um local muito bonito, onde a malta fez paragem obrigatória para uma pequena visita.
Abandonámos aquele belo espaço por um passadiço em madeira, ladeado pela ribeira, que aqui e ali formava pequenas cascatas, agora direcionados a Portunhos para mais uma bela série de singletracks de singular beleza e onde dá gosto pedalar.
Sempre por trilhos de inquietar os sentidos, passamos Vale da Naia, Pena e Povoa da Lomba, para mais uma sessão de carreirinhos ondulantes à laia de carrossel. Espetáculo!.
A rapaziada já queria bucha e depois de passarmos na zona do Zambujal, aparcámos as bikes à porta da Pastelaria Arca Doce, em Azarede para comermos umas belas sandes mistas e umas bebidinhas a acompanhar a coisa.
Aqui o Zé despediu-se da malta, com outros compromissos e nós, já mais aconchegadinhos, continuámos a divertir-nos por belos recantos ornamentados por espetaculares paisagens, passando por Bebedouro, Resgatados, Arroia, Canova, Netos, Lagoa das Queridas, e Lafrana, entrando depois na estradinhas da Mata Nacional das Dunas de Quiaios e depois de passarmos Camarção, Lagoa das Braças e Quiaios, chegámos à Praia de Quiaios, à casa do Marco, onde a malta se entreteve a dar uns belos mergulhos na piscina, em diversão total.
Ninguém queria sair dali, mas tínhamos que continuar, pois o almocinho esperava-nos na casa do Filipe, em Buarcos.
Se até aqui, tinha sido gozo total, daqui para a frente iria ser um pouco diferente, mas apenas no tipo de terreno, pois o gozo, esse, era para continuar.
Embrenhámo-nos pela bonita Serra da Boa Viagem em direção ao fantástico Miradouro da Bandeira de onde se pode desfrutar de uma panorâmica magnífica do casario da cidade, das Dunas da Mata de Quiaios e de toda a zona costeira até à Praia da Tocha.
É uma serra de mil encantos, onde ainda quero voltar para um bom par de pedaladas!
Começámos por um trilho muito lamacento, até que numa viragem à direita entrámos num espetacular trilho em sentido ascendente e de considerável inclinação, muito pedregoso e de difícil progressão.
Era impossível fazê-lo na sua totalidade, pelo menos a parte final, onde até a empurrar a bike não era pera doce.
Chegamos ao miradouro e o que vimos foi deveras espetacular e único, pelo menos para mim, que adoro uma boa panorâmica e aquela, deixou-me mesmo algum tempo a olhar aquela espetacular beleza, numa mistura de mar e terra.
Se até ali, a ascensão tinha feito correr algum suor. pedalar pelos caminhos da mata foi deveras bonito, mas a cereja no topo do bolo foi a adrenalínica descida a Buarcos, por um trilho bastante trialeiro, que até me deixou a bater com os joelhos um no outro. Quero mais!!!
Em Buarcos, na casa do Filipe, esperava-nos 3 kg de camarão "granjola", uns franguitos, umas costelitas de entrecosto, uma gamela de arroz de feijão, uma catrefada de minis e umas garrafitas de Pegões fresquinhas, que puseram a malta de novo pronta para mais uma sessão.
Rematámos com um bolinho de chocolate e uns licores e depois de mais umas palhaçadas, seguimos para uma pastelaria no passeio marítimo para o cafezinho da praxe.
Com a rapaziada já bem alegre o comboio passou a ser uma alternativa para o regresso a Coimbra, mas não era para nós. Nós somos beteteiros de gema . . . daqueles, que se for necessário, até pedalamos descalços, pois então. Bora lá regressar!!!
Nos primeiros kms depois da "festança", custou um pouco a endireitar a "coisa", mas depois, foi sempre a dar gás, que o diga o Marco, que ainda andou uns kms com a "vela encharcada!, até ali para as bandas da Central Termoelétrica de Lares, mas a coisa lá desentupiu e ficou de novo a trabalhar com os dois cilindros!.
O regresso já foi feito maioritariamente por asfalto e depois de passarmos a Figueira da Foz, fomos cruzando várias povoações, como Vila Verde, Lares e Ereira.
Fomos ao encontro do Rio Mondego que fomos ladeando durante alguns kms, passando Montemor o Velho e pelo Centro de Alto Rendimento junto ao leito Padre Estevão Cabral.
Pelas belas estreitas estradinhas que rasgam o Vale do Mondego e arrozais de Tentúgal já íaos com o azimute virado à Zouparria, de onde tínhamos partido logo pela manhã.
Fizemos um desvio até a uma roulotte á entrada da aldeia da Pereira, para uma última bjeca e nos despedirmos do Marco e do Sergio que continuaram por outros horizontes, em direção a casa.
Eu o Nuno e o meu irmão Luís continuámos até á casa do Nuno, onde tínhamos a carrinha.
Depois das despedidas, ficou a promessa de novas aventuras, cá, lá, ou no caminho e regressámos com a barriguinha cheia de divertimento, na companhia de excelentes amigos, onde a paródia, a adrenalina proporcionada pelos magníficos trilhos por onde pedalamos, a amizade e o companheirismo, marcam as diferenças e nos impulsionam para que possamos aproveitar estes bons momentos, desfrutá-los, num bom ambiente de partilha e boa camaradagem.
Obrigado malta, por mais este dia pleno de aventura e divertimento. Até breve.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-