Adoro a Serra da Gardunha, sobretudo, sem aqueles mamarrachos das antenas . . . a bonita, a colorida e agora vestida de lindíssimas cores outonais.
Também por lá passo, pelas antenas, mas de passagens para outras bandas e para apreciar as lindas paisagens do outro lado, não para somar mais uma conquista e ganhar uma mais estrela por ter "trepado" a um dos pontos mais altos da serra.
Eu também trepo . . . e já trepei muitas serras, algumas que nem sei dizer o nome, mas à minha maneira, para desfrutar e mais tarde recordar com alguma emoção esses bons momentos.
E assim vai continuar a ser até que os ossos dobrem e o coração aguente!
E hoje, foi mais um dia de visita à nossa Serra, a da Gardunha, a primeira que vemos quando de manhã chegamos à janela.
Raramente desperdiço a oportunidade de dar um bom par de pedaladas, sobretudo quando tenho boa companhia, como foi o caso de hoje.
Com o Nuno Maia com uns dias de férias, combinámos trocar a asfáltica por umas poucas dezenas de kms, apenas três, de btt, elegendo a Serra da Gardunha para uma bela e lúdica manhã desportiva.
Saímos da cidade pelas 09h30 e rumámos ao Fundão, onde estacionei a minha "ramona" junto à Pastelaria Arte e Tradição, para tomarmos o cafezinho matinal e o pastelito de nata.
Preparámos as bikes e restante material com a chuva a tentar complicar um pouco o dia, mas foi de pouca dura. Acabou mesmo por amenizar a temperatura, criando uma bela manha para desfrutar os trilhos.
Saímos em direção à Quinta do Convento, que contornámos por um belo par de singles e nas proximidades da Srª. do Miradouro, seguimos por um estradão que vai subindo à meia encosta com passagem junto à Quinta da Pedra Hera, Azenha Nova, Alcambar, Quinta do Gonçalo e Casal do Fundão.
Contornámos depois a Quinta da Serrana e virámos à esquerda por um fantástico trilho entre encostas de castanheiros, proporcionando bons momentos de pedalada e uma paisagem deslumbrante.
Deixámos esse trilho, seguindo para o Arrebentão e Fornias e, passando pelo Covão e Cabeço do Meio, chegámos ao alto de Alcongosta enfrentado uma dura subida para a Portela e Casa do Guarda.
Ali paramos para descansar um pouco, desfrutar daquela maravilhosa panorâmica sobre a Cova da Beira e comer algo mais sólido, antes de continuarmos a nossa aventura de hoje.
Descemos da Casa do Guarda em direção ao trilho que dá acesso a calçada romana de Alpedrinha, mas seguimos pelo estradão que segue para o VG da Coutada, onde não chegámos, seguindo para a Catraia do Falcão em direção à N18.
Cruzámos a estrada e entrámos num espetacular trilho, maioritariamente em single track, que nos levou até ao Souto do Pombo, entrando depois na bonita Aldeia do Alcaide, onde parámos na Tasca Esteves, um castiço cantinho, já registado na minha sebenta.
Abandonámos a povoação e seguimos para a Ermida da Sra do Souto. Era para subir a S. Macário, mas lembrei-me do single que fizera da última vez, em subida, quase tapado com silvas e mato.
Resolvi assim "arrepiar" caminho e empeno.
Passámos pelo Barro e S. Roque, nos subúrbios das Donas, e depois da passagem sob o IP2 demos início à subida a Alcongosta, com os últimos metros a puxar bem pelo "caparro!"
Já tínhamos ultrapassado as partes mais complicadas do percurso e já com o Fundão à vista, virámos o azimute à Azenha Nova, entrando no Fundão junto à Estalagem da Neve.
Arrumámos a "tralha" e as bikes e fomos até à Casa das Bifanas junto à estação.
Uma bifana com ovo, uma sopa de feijão, couve e alho francês, uma bjeca e o cafezinho final, ditaram o fim desta enriquecedora manhã de btt.
Excelente companhia, belos trilhos, maioritáriamente entre carvalhos e castanheiros, numa bela simbiose de cores outonais e fantásticas paisagens, preencheram esta bela manhã de btt, de poucos kms, apenas 30, mas muita aventura e muita diversão.
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários