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"Pela Mata da Rainha"

Mata da Rainha

O nome da localidade, segundo a tradição, dever-se-á a uma disputa entre dois príncipes pela formosa filha de um rei mouro. Com os dois príncipes perdidos de amores pela princesa, e tendo o rei os dois pretendentes em grande estima e sem saber qual haveria de escolher para genro, terá mandado um escavar uma mina e outro construir uma torre. Quem terminasse primeiro casaria com a princesa.
Contudo, deu-se o facto de ambos os príncipes terem concluído a sua tarefa ao mesmo tempo e em simultâneo terão chegado junto do rei para lho comunicar.
- Torre feita - disse um
- Água à porta - afirmou o outro em simultâneo.
Ao que o rei respondeu:
- Filha do rei morta.
Face a isto, a jovem princesa terá sido metida num cortiço e serrada ao meio. Segundo a história, ao ouvir a sentença do pai, terá a bela dito:
"Na Torre fui creada
 Na Mata me matarão;
Pois a minha formosura
Foi a minha perdição"

Hoje foi dia de passeio asfáltico pela aldeia da Mata da Rainha.
Juntei-me ao Jorge Palma e ao António Leandro na Rotunda da Racha pelas 07h30.
Saímos da cidade em direção às Quintas de Valverde pela estrada de Cafede.
Cruzámos as quintas e chegámos ao Juncal do Campo, prosseguindo por Freixial do Campo e Tinalhas, onde entrámos na N.352 que segue para S. Vicente da Beira.
Passado a ponte da ribeira do Sobral e após a subida, virámos à direita para o Louriçal do Campo com o azimute virado à Soalheira, onde parámos, nas bombas locais para a matinal dose de cafeína.
Já com o cafezinho tomado, subimos à N.18 e continuámos até Alpedrinha, dando inicio à subida da Gardunha, com paragem na fonte sensivelmente a meio da mesma, para atestar bidons e nos despedirmos do Leandro que rumava a Castelo Branco via Orca, por ter necessidade de chegar mais cedo.
Eu e o Jorge continuámos, completando a subida e descemos para o Alcaide, seguindo pela N.345 até pouco depois do cruzamento da Fatela, onde virámos à direita para a estrada da Mata da Rainha.
Passámos os Enxames e subimos a Serra da Póvoa onde ainda há bem pouco tempo lavrou o fogo.
Passámos o cruzamento da Póvoa da Palhaça e a partir daqui, foi triste ver a devastação causada pelo incêndio que assolou a zona e seguiu até Pedrogão de S. Pedro.
Um saldo desolador com a destruição de largas centenas de hectares de floresta.
Na Mata da Rainha, parámos no café local para nos refrescarmos com uma bebida fresca e continuámos o nosso passeio de hoje, agora em direção à Aldeia de Santa Margarida, onde à saída da mesma, entrámos na N.233 que já não largámos até Castelo Branco, com passagem por S. Miguel d'Acha, S. Gens e Escalos de Cima.
Foram 112 agradáveis kms pedalados na companhia de amigos e em boa harmonia.
Pelas 12h25 "abancámos" na esplanada do Café Lusitano para a tertuliazinha da "sossega" e para os últimos dois dedos de conversa.
 
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC

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