Avançar para o conteúdo principal

"Portas de Almourão"

Portas do Almourão
A região das Portas de Almourão, situada entre Sobral Fernando (Proença-a-Nova) e a Aldeia do Xisto Foz do Cobrão (Vila Velha de Ródão), corresponde à garganta do rio Ocreza. A paisagem continua selvagem, magnificada pelas escarpas quartzíticas, pelas imponentes dobras tectónicas e pelo profundo rasgão que é o vale do Ocreza. A diversificada paisagem geológica suporta ecossistemas muito bem preservados, sendo uma importante área de nidificação de aves de rapina e outras espécies muito importantes como por exemplo, o melro azul, a lontra, o texugo e o esquilo. Do ponto de vista arqueológico, destaca-se a conheira de Sobral Fernando, antiga exploração aurífera romana de aluvião e as lendárias galerias subterrâneas de origem desconhecida que se encontram ao longo da margem direita do Ocreza.

Ontem não acompanhei a rapaziada  na voltinha asfáltica.
Fui antes dar um passeio à beira mar com a minha "Maria" e comer umas deliciosas ameijoas numa das tasquinhas do areal da Vieira.
Enchi o "papinho" de calorias "non gratas" e por isso, resolvi hoje ir passear a minha  "é" até às espetaculares Portas de Almourão.
O António Leandro fez-me companhia e pelas 07h saímos da cidade em direção aos Lentiscais.
Parámos na ponte nova do Rio Ponsul para olhar a abandonada ponte medieval, que àquela  hora matutina mostrava uma visão fantástica, banhada pelos primeiros raios de sol a aparecer sobre o Monte do Negrete.
Registámos o momento com as digitais e seguimos o nosso passeio sem a habitual paragem no Café Pescaça.
Descemos de novo ao Rio Ponsul, para a outra ponte mais a montante e, ainda não foi desta vez que vi o barco atracado no novo cais. Algum dia calhará!
Seguimos para Alfrívia, onde virámos o azimute aos Perais e continuámos até Vila Velha de Rodão, com passagem pelo Coxerro.
É quase uma obrigação, a paragem na Bolaria Rodense para o pastelinho de nata. E hoje ainda estava quentinho.
Pusemos o pé no Alentejo para atestar bidons e subimos a Serra da Achada para descemos ao cruzamento da Aldeia Ruiva, com uma bonita panorâmica.
Passámos pelo Perdigão e descemos em direção ao Rio Ocreza, para uns kms mais à frente, virarmos à direita para a Foz do Cobrão.
Aquela estrada de ligação, agora com um novo piso é outra "loiça". Bastante ondulante, acompanha a margem do Ruo Ocreza até á Foz do Cobrão com umas vistas bem bonitas sobre o vale onde o rio serpenteia.
Subir aquelas estreitas e empedradas ruelas da aldeia não é pera  doce e a continuação até ao miradouro sobre as Portas de Almourão é a continuação fiel da pendente, apenas asfaltada.
Vale sempre a pena parar lá no alto para apreciar aquela garganta do Rio Ocreza, magnificada pelas suas imponentes escarpas. Foi o que fizemos durante alguns minutos!
Continuámos a nossa voltinha de hoje passando ainda pelo Chão das Servas e Sarnadinha, parando de novo em Alvaiade, no seu famoso fontanário para atestar bidons e comer algo mais sólido.
A partir de Alvaiade e até Castelo Branco, foi um suplício com um forte vento frontal a dificultar-nos bastante a progressão. Acabámos  por entrar na cidade ainda antes das 11h30, com 95 kms percorridos por bonitas estradas da região e alguns dos seus belos recantos.

A tertúlia da praxe foi mais uma vez na Esplanada das Laranjeiras onde aderimos à neo bebida da moda, com um par de "somersby's" bem fresquinhas.

Fiquem bem.
Vemo-nos nos trilhos, ou fora deles
AC

Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Açudes da Ribeira da Magueija"

Com o dia a acordar liberto de chuva e com nuvens pouco ameaçadoras, juntei-me ao Jorge Palma, Vasco Soares, António Leandro, Álvaro Lourenço, David Vila Boa e Ruben Cruz na Rotunda da Racha e resolvemos ir tomar o cafezinho matinal ao Cabeço do Infante. Fomos ao encontro do Paulo Jales, que se juntou ao grupo na Avenida da Europa e lá fomos em pedalada descontraída e na conversa dar a nossa voltinha asfáltica. O dia, bastante fresco mas solarengo, convidava mesmo a um bom par de pedaladas. Passámos a taberna Seca e descemos à velha ponte medieval do Rio Ocreza, onde fomos envolvidos por um denso nevoeiro junto ao leito do rio e por um friozinho que se foi dissipando na subida aos Vilares, assim como a neblina, que nos abandonou logo que iniciámos a subida. Passámos por S. Domingos e paramos mais à frente, no Cabeço do Infante para a dose de cafeína da praxe. Dois dedos de conversa e cafezinho tomado, foi o mote para voltarmos às bikes. O David e Ruben separaram-