Sendo já um participante quase incondicional deste evento, lá fui mais uma vez até Idanha-a-Nova participar na VIII Edição dos Trilhos da Raia.
Fui com o Nuno Eusébio e com o Luís Lourenço.
Já em Idanha, juntámo-nos a outra rapaziada cá do burgo, o Abílio Fidalgo, o Nuno Maia, o Nuno Dias, o Dário Falcão, o Marcelo e o Carlos Sales.
Depois do habitual breefing, lá foi dada a partida com a animação do costume.
O Nuno Maia, este ano e certamente a querer testar a sua performance, não lhe tornámos a pôr a vista em cima.
Muito pó e muita "tremura" de grande parte dos participantes nas primeiras dificuldades, demorou um pouco a conseguir-se pedalar com alguma fluidez, que foi quase uma constante até ao primeiro abastecimento e onde se encontrava a separação dos dois percursos e também do nosso grupo.
Mas tudo bem. Foi uma opção nossa, irmos o mais junto possível e na "galhofa", usando e desfrutando dos belos trilhos da raia e dos seus soberbos singles, que têm o condão de nunca enjoarem. Pelo contrário. Cada vez me cativam mais . . . e então o da barragem. Ui, Ui!!!
Este ano, montando o meu "tanganho", até me ía babando!!!
Usar gps nos trilhos da raia, está mais que provado de que é um luxo, não uma necessidade. Da forma que esta "rapaziada" marca os trilhos, perder-se deveria ter direito a prémio.
Uma excepção feita ao Carlos Farinha, que fecha os olhos a subir . . . e subiu mais do que o necessário na Serra do Ramiro. eh eh eh!!! (brincadeira Carlos . . . Abraço)
A saída, foi como já vem sendo hábito, com passagem pela Quinta dos Carvalhos e descida ao Rio Torto.
A passagem nas imediações da barragem é sempre espetacular e ninguém fica indiferente áquela envolvente paisagística.
Subimos ao VG do Torrão e passámos de novo o Rio Torto, para mais á frente nos embrenharmos nos ansiados singles de Proença-a-Velha.
Nova passagem pelo Rio Torto, (justifica-se o nome!) agora em direção a Medelim, com passagem pelo Sítio dos Moinhos.
Não entrámos em Medelim (aldeia dos balcões), mas divertímo-nos nos seus famosos singles.
A grande dificuldade do dia era a subida à Serra do Ramiro, onde se esperava ver as paisagens abrangentes e lindíssimas, lá da cumeada. Mas este ano ficámo-nos pela intenção. O nevoeiro pregou-nos uma partida, privando-nos dessa espetacularidade.
Uma subida dura e algo longa, em que apenas os mais afoitos concretizaram, mas valeu a pena.
Apesar de não termos tido a possibilidade de desfrutarmos da bonitas vistas dos vales, valeu a aproximação a Penha Garcia pelos impressionantes penhascos e a descida pela Rota dos Fósseis, até ao Rio Ponsul, que nos fizeram recuar na história, 500 milhões de anos. Incrível!!!
Pena o piso estar escorregadio, pelas "pingas" de chuva que antecederam a nossa chegada.
Um contratempo para uns, um alívio para outros, que assim se desculparam que não a fizeram a pedalar, porque estava muito escorregadia!
Mas que "aquilo" é um regalo para os olhos . . . lá isso é!!!
Ainda com a imagem dos fantásticos penhascos de Penha Garcia, da descida pela Rota dos Fósseis e com o palato ainda com o sabor dos bolinhos do abastecimento junto à bombas, lá rumámos a Idanha-a-Velha, onde este ano fomos brindados com algumas seções de novos percursos.
A chegada, foi bonita de ver e de fazer, pois ali decorria o Festival do Casqueiro, bem animado à nossa passagem.
Mais um abastecimento, onde a malta não se privou de comer e beber, pois faltava ainda uma fase difícil deste bonito percurso. A aproximação a Idanha-a-Nova.
A antevisão do belo single da barragem, dava-me alguma ansiedade . . . mas ainda antes de desfrutar daquele soberbo single . . . a frustação!!! A passagem pela zona do BOOM. Para quem se intitula amante e defensor da natureza . . . aquela lixeira deixa muito a desejar! Mas "avancemos" como diz o outro!
Este ano a aproximação ao final foi diferente. Passámos pelo fundo do descarregador do paredão e fomos subindo pelo estradão e, quando já estávamos quase no alto, nova descida. Voltámos a subir e ao chegarmos ao estradão alcatroado e de inclinação considerável, alguns terão pensado . . . já estou safo!
Puro engano!!! Faltava ainda a subir a calçada romana da canada. Um docinho envenenado da organização. Mas . . . quem se apresta a fazer 95 kms numa maratona já sabe que vai "doer um pouco.
Há sempre uma alternativa. A meia maratona . . . por isso . . reclamar não tem cabimento. Eu gostei, apesar de já vir um pouco dorido.
Mas quando a malta gosta e leva isto numa boa, acaba sempre por ser premiado.
Uma chegada triunfal e com um valor inquestionável para quem pratica "esta coisa" numa boa!!!
Os prós ganham uma taça metálica vazia e sem conteúdo. Um bibelot para guardar lá em casa e que se não for limpa regularmente, acaba por ir para o lixo.
Nós . . . os outros . . . ganhámos uma taça de plástico, loirinha e cheia de sumo de cevada fresquinha, que nos foram entregues pelos nossos amigos que fizeram a meia maratona. Logo à chegada e ainda em cima da bike. O nosso pódio!!!
Com amigos destes, tanta canseira para quê!!! temos sempre prémio!
O almoço/lanche/pré-jantar, foi a continuação e o final dum belo dia de btt e convívio entre muitos amigos. Os que comigo pedalaram e os que fui encontrando ao longo dos trilhos.
Para o ano, se não me descuidar na inscrição, lá estarei novamente para mais um belo dia de convívio. Tenho a certeza!
Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC
Comentários
foi mais uma, de muitas que o nosso reportório tem. incluída claro na pasta das gourmet e ao mesmo tempo de encher a barriga.
se bem que para mim, destes pratos, eu nunca fico saciado, devem ser coisas da velhice.
e por falar em coisa que podem e devem ser guardadas, e também além da pasta das memórias de cada um, guardem no vosso PC a foto de grupo deste album do blogue do amigo cabaço que julgo que é muito bem tirada, ou dada como costumo dizer.
abraço