Avançar para o conteúdo principal

Transpirenaica - "Ansó - Roncesvalles"

Dia 12 - Ansó - Roncesvalles" - 105 kms

Tinha gerado alguma espetativa relativamente a esta etapa, pois iria cruzar a famosa Selva de Irati, um paraiso da natureza, localizado nos Vales de Aezkoa e Salazar.
Saímos de Ansó para esta longa etapa, percorrendo inicialmente o vale com o mesmo nome e ladeando o Rio Veral.
À saída do Vale de Ansó, vislumbrava-se já as aprazíveis pradarias do vale de Zuriza e Bosque de Archibri, enquanto íamos ascendendo ao Puerto de los Navarros.
Pedalávamos já pelo Vale de Zuriza e Barranco de Belabarce. Foi um desfrutar de magníficas paisagens até chegarmos a Isaba, através de um dificil "sendero", muito pouco ciclável.
Tinhamos ultrapassado já a placa indicativa de que estávamos em território Navarro.
Em Isaba entrámos num mini-mercado, onde nos abastecemos e fomos comer para um bonito jardim no centro da localidade.
Após este frugal almoço, retomámos as nossas pedaladas, adentrando-nos na parte superior do Vale do Roncal, ladeando o bonito Rio Uztarróz, até à povoação com o mesmo nome.
Subimos o Puerto de Laza e de Larrau e cruzando o Vale Salazar, voltámos a subir, desta vez ao Collado d'Ollokia, onde entrámos finalmente na extensa massa florestal da Selva de Irati. Uma das maiores extensões florestais da Europa Meridional.
Percorrendo trilhos espetaculares entre faias, abetos e samanbaias, alcançámos as velhas e abandonadas casas de Irati, depois de contornar o magnífico Pântano e Embalse de Irabia.
Era como se estivesse a pedalar no Paraíso!!! Ainda hoje, me aflora um sorrido de satisfação, quando recordo aquela passagem.
Chegámos a Orbaiceta e parámos para ver as velhas ruínas da fábrica de armas.
Continuámos e afrontámos a última subida do dia ao Collado de Navala, para entrarmos pouco depois na estrada de acesso a Orreaga, ou Roncesvalles, como é mais conhecida.
Hospedámo-nos na "Posada", após termos hidratado calmamente com "unas cañas" e lavado as bikes, que arrumámos posteriormente num armazém sobranceiro.
Estávamos a duas etapas de concluir esta fantástica travessia pirenaica e a vontade de rever a família e amigos era já uma constante.
No dia seguinte, esperavam-nos mais 75 kms até Etxalar.



Fiquem bem.
Vêmo-nos nos trilhos, ou fora deles.
AC


Comentários

Mensagens populares deste blogue

"Passeio de Mota pela Galiza"

Mesmo com a meteorologia a contrariar aquilo que poderia ser uma bela viagem à sempre verdejante Galiza, 9 amigos com o gosto lúdico de andar de mota não se demoveram e avançaram para esta bonita aventura por terras "galegas" Com o ponto de inicio no "escritório" do João Nuno para a dose cafeínica da manhã marcada para as 6 horas da manhã, a malta lá foi chegando. Depois dos cumprimentos da praxe e do cafezinho tomado foi hora de partir rumo a Vila Nova de Cerveira, o final deste primeiro dia de aventura. O dia prometia aguentar-se sem chuva e a Guarda foi a primeira cidade que nos viu passar. Sempre em andamento moderado, a nossa pequena caravana lá ia devorando kms por bonitas estradas, algumas com bonitas panorâmicas. Cruzamos imensas aldeias, vilas e cidades, destacando Trancoso, Moimenta da Beira, Armamar, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Parada de Cunhos, Mondim Basto e cabeceiras de Basto, onde paramos para almoçar uma bela &quo

"Rota do Volfrâmio <> Antevisão"

A convite do meu amigo Nuno Diaz, desloquei-me no passado sábado à bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo para marcar um percurso em gps a que chamou "A Rota do Volfrâmio". É um percurso circular inserido em paisagens de extrema beleza e percorrido em trilhos diversificados maioritáriamente ladeando a Ribeira de Bogas e o Rio Zêzere em single tracks de cortar a respiração. Soberbo!!! Como combinado, pelas 07h passei pela Carapalha, onde mora o Nuno, para partirmos na minha "jipose" em direcção à Aldeia de Janeiro de Baixo. Parámos ainda no Orvalho para bebermos o cafézinho matinal e pouco depois lá estávamos nós a estacionar a "jipose" no parque da bonita Praia Fluvial de Janeiro de Baixo. Depois de descarregar as bikes e prepararmos o material, lá abalámos calmamente em amena cavaqueira, guiados pelo mapa topográfico rudimentarmente colocado no "cockpit" da bike do Nuno, pois parte do percurso também era desconhecido para ele, pelo menos a pe

"Passeio de Mota à Serra da Lousã"

"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela." (Albert Einstein) Dia apetecível para andar de mota, com algum vento trapalhão durante a manhã, mas que em nada beliscou este esplêndido dia de passeio co amigos. Com concentração marcada para as 08h30 na Padaria do Montalvão, apareceram o José Correia, Rafa Riscado, Carlos Marques e Paulo Santos. Depois do cafezinho tomado acompanhado de dois dedos de conversa, fizemo-nos à estrada, rumo a Pampilhosa da Serra, onde estava programada a primeira paragem. Estacionamos as motas no estacionamento do Pavilhão Municipal e demos um pequeno giro pelo Jardim da Praça do Regionalismo e Praia Fluvial, indo depois comer algo à pastelaria padaria no beco defronte do jardim Abandonamos aquela bonita vila, não sem antes efetuarmos uma pequena paragem no Miradouro do Calvário, com uma ampla visão sobre aquela vila tipicamente serra, cruzada pel